Citrus leprosis is caused by a virus transmitted by the mite Brevipalpus phoenicis Geijskes (Acari: Tenuipalpidae). Damages from the disease negatively affect yield and more than 60 million dollars per season are spent on chemical sprays to control the mite vector. Alternatives to chemical control, like the use of the genetic resistance to reduce the yield losses, are being sought. This search was initiated by a prominent Brazilian plant pathologist – Dr. Agesilau Antonio Bitancourt that conducted in the 1930’s and 40’s a series of experiments to understand the disease, which at the time was a growing problem of unknown etiology. Bitancourt did not observe symptoms of citrus leprosis on ‘Sabará’ during all his trials and therefore raised a question: “Será a laranjeira Sabará resistente ou imune à leprose?” (“Is Sabará sweet orange immune or resistant to citrus leprosis? ”) (Biológico, v. 4, p. 300, 1938). This current work addressed Bitancourt’s question through experimental leprosis virus transmission by mites, reciprocal crossings between this genotype and sweet orange Pêra and pollen analysis.

A leprose dos citros, causada por um vírus e transmitida pelo ácaro Brevipalpus phoenicis Geijskes (Acari: Tenuipalpidae) é uma das doenças mais importantes na citricultura brasileira. Atualmente, seus danos podem levar a perdas significativas da produção e demandam um controle químico do ácaro vetor, que soma mais de 60 milhões de dólares por ano aos custos de produção. O alto custo e a grande quantidade de princípio ativo utilizados torna necessária a busca de alternativas de combate a essa importante doença, sendo a utilização da resistência varietal um componente extremamente essencial. Esforços nesse sentido foram iniciados pelo eminente fitopatologista Agesilau Antonio Bitancourt, que realizou uma série de experimentos nas décadas de 30 e 40 para entender a doença, que tinha, nessa época, etiologia incerta. Bitancourt não observou sintomas na variedade Sabará e levantou a seguinte questão: “Será a laranjeira Sabará resistente ou imune à leprose?” (Biológico, v. 4, p. 300, 1938). Neste trabalho, a questão posta foi analisada através de transmissões experimentais do vírus da leprose por ácaros virulíferos, de cruzamentos com a variedade Pêra (suscetível à leprose) e através de análise palinológica.